
Projeto Teatro Karajá

O Projeto foi aprovado pela Lei Goyazes de Incentivo à cultura do Governo de Goiás, por meio da AGEPEL, patrocinado pela, “Lei Goyazes , Governo de Goiás , AGEPEL”, Coca-Cola - Refrescos Bandeirantes, LEITES MANACÁ, Leitebom, Acqua Lia e Faculdades Alfa.O projeto busca desenvolver pesquisa cênica sobre o patrimônio imaterial do Grande Grupo Karajá a partir de suas lendas, para montagem do espetáculo teatral: txuu - looso - Raio de Sol.
Além da preocupação com suas manifestações culturais, para o cenário e os adornos buscamos uma linguagem baseada nas peças de “Cerâmica Karajá”.
As relações dos povos indígenas da América Latina com as sociedades envolventes em geral têm provocado a degradação social das comunidades e a dos recursos naturais de suas terras mas, desde que iniciada a discussão sobre desenvolvimento sustentável, a luta dos povos indígenas por relações mais justas e dignas com a sociedade ocidental, alcançou nova dimensão. A aldeia de Aruanã (Buridina Mahãdu, na língua indígena) pertence ao Grande Grupo Karajá, que ocupa o território do Araguaia há pelo menos três séculos e meio, configurando um complexo sistema cultural que tem no fundo do rio a aldeia mitológica de suas origens.

Sobre a origem dos Karajá se conta que eles moravam numa aldeia, no fundo do rio, onde viviam e formavam a comunidade Berahatxi Mahadu ou, povo do fundo das águas. Satisfeitos, habitavam um espaço restrito e frio. Certo dia um pequeno peixe descobriu um raio de luz que entrava na aldeia e, brincando com ele, foi saindo das profundezas do lago para a superfície do rio e se transformando em um jovem Karajá. Fascinado pelas praias e riquezas do Araguaia e pela existência de muito espaço para correr e morar, o jovem reuniu outros Aruanã e subindo à superfície tornaram-se Karajás. Tempos depois, encontraram a morte e as doenças. Tentaram voltar, mas a passagem estava fechada e guardada por uma grande cobra, por ordem de Kobéhi, chefe do povo do fundo das águas. Espalharam-se, então, pelo Araguaia. Com Kynyxiwe, o herói mitológico que viveu entre eles, conheceram os peixes e muitas coisas boas do Araguaia.

Ficha técnica
Autor: Barale Neto (inspirado em lendas Karajá)
Direção: Delgado Filho
Manipuladores: Semio Carlos, Jusse Lessa e Gustavo Vale
Som/gravação: îstúdio / Gabriel Jenior Lotufo
Vozes: Semio Carlos, Jusse Lessa, Gustavo Vale e Marcos Lotufo
Iluminação Cênica: Delgado Filho
Operador de Luz: Ubirajara Guerreiro
Música: Ritual e canções Karajá
Cenografia: Roberto Rita e Delgado Filho
Figurino e pintura dos bonecos: Gilmar Alves
Criação e concepção dos bonecos: Marcos Lotufo
Técnicas em kirigame/cenário e adereços: Eva Nogueira
Marcenaria: João Batista
Assessoria na pesquisa: Sinval Karajá (Wahuka Karajá)
Fotografia: Laiza Vasconcelos

Dentro dos trabalhos de educação ambiental realizados pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) durante a Temporada do Araguaia, a peça Txuu Losso tem ganhado destaque e atraído a atenção dos moradores e turistas. Produzido e encenado pelo grupo Arte e Fogo, a peça utiliza bonecos e lendas indígenas para falar de meio ambiente e cultura.
Para a professora e orientadora social do Programa Projovem, Thaís Oliveira, o teatro é uma forma inteligente de falar da preservação do rio e da cultura indígena em Aruanã. “Estamos destruindo nossas riquezas naturais à custa de um modelo de desenvolvimento que não traz uma verdadeira melhoria de vida para toda a população, e a lenda dos índios Karajás fala exatamente sobre a importância de se preservar seu habitat, até mesmo como forma de garantir sua cultura e sua sobrevivência”, diz. Professora e descendente de índios, Arenita de Assis também aprovou a peça. Conhecedora das lendas karajás, ela gostou da pesquisa histórica e cultural feita pelo grupo de teatro para ser apresentada ao público. “O cenário, os materiais utilizados e a pintura nos bonecos, tudo tem por trás uma pesquisa cultural e uma razão ambiental para ser tratada. Vou trazer meus alunos para assistir”, comenta. As apresentações continuam na Praça Couto Magalhães, em Aruanã, até a próxima semana, às 10h30 e às 17 horas.
Mais informações: (62) 3201-5196
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AGECOM - Agência Goiana de Comunicação (GDI)
Teatro e meio ambiente no Araguaia
Espetáculo faz parte dos trabalhos da Semarh no rio
Dentro dos trabalhos de educação ambiental realizados pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) durante a temporada do Araguaia, a peça Txuu Losso tem ganhado destaque e atraído a atenção dos moradores e turistas. Produzido e encenado pelo grupo Arte e Fogo, a peça utiliza bonecos e lendas indígenas para falar de meio ambiente e cultura.
Gustavo Vale é um dos três integrantes do grupo. Ele explica que a peça rertata o mito da origem dos karajás. Nele, os karajás eram peixes imortais que viviam nas profundezas do Araguaia. Um dia, um deles viu um raio de luz e, ao segui-lo, chegou à superfície. Ao chegar, ficou encantado com a beleza do Araguaia e suas matas, e decidiu tocar. Ao fazê-lo, transformou-se em humano e convenceu os outros peixes a também se transformarem em humanos. Porém, deixaram de ser imortais. Quando começaram a morrer, decidiram então voltar à sua forma original e recuperar a imortalidade, o que não era possível. Os Karajás haviam perdido sua natureza original.
Para a professora e orientadora social do Programa Projovem, Thaís Oliveira, o teatro é uma forma inteligente de falar da preservação do rio e da cultura indígena em Aruanã. “Estamos destruindo nossas riquezas naturais à custa de um modelo de desenvolvimento que não trás uma verdadeira melhoria de vida para toda a população, e a lenda dos índios Karajás fala exatamente sobre a importância de se preservar seu habitat, até mesmo como forma de garantir sua cultura e sua sobrevivência”, diz.
Professora e descendente de índios, Arenita de Assis também aprovou a peça. Conhecedora das lendas karajás, Arenita gostou da pesquisa histórica e cultural feita pelo grupo teatral para ser apresentada ao público. “O cenário, os materiais utilizados e a pintura nos bonecos, tudo tem por trás uma pesquisa cultural e uma razão ambiental para ser tratada. Vou trazer meus alunos para assistir”, comenta. As apresentações continuam na praça Couto Magalhães até a próxima semana, às 10h30 e às 17h.
Informações: Brenno Sarques
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